segunda-feira, 26 de março de 2012

Veríssimo Nele!

Há alguns meses atrás, um grande site de livros chamado 'Sobre Livros' abriu uma nova coluna no site onde leitores poderiam mandar suas crônicas ou poesias para serem publicadas. Muitas pessoas mandaram, inclusive eu. E esta semana tive a alegria de receber a notícia de que ela seria uma das publicadas. O nome da crônica é 'Veríssimo Nele!' e é uma singela homenagem à um dos meu escritores brasileiros preferidos. Se você quiser ler, é só clicar AQUI.

 

quarta-feira, 21 de março de 2012

Abujamra na Cultura

O ator, diretor e apresentador do programa 'Provocações', da TV Cultura, Antônio Abujamra estará autografando seu novo lançamento na Livraria Cultura: o audiolivro 'Antônio Abujamra Lê Fernando Pessoa'. Este é um CD em que Abujamra, com sua inconfundível voz, narrará alguns dos poemas do mestre português Fernando Pessoa. A noite de autógrafos acontecerá às 18h30, no dia 13 de Abril. A Livraria Cultura fica na Avenida Paulista, em São Paulo, no Conjunto Nacional. Abaixo, um vídeo do provocador Abujamra recitando 'O Guardador de Rebanhos', de Pessoa.

 

terça-feira, 20 de março de 2012

As Esganadas

As Esganadas 
Jô Soares
264 páginas

* Este post faz parte do Desafio Literário de Março.

Não sei, mas eu acho que comecei a ler este livro com um pouco de preconceito após a sofrível permanência na noite de autógrafos na Livraria Cultura com este escritor. Fiquei lá durante horas para, no final, mal receber um olhar do Jô. Por isso, afirmo que já comecei lendo este livro com um certo mal-humor. Mas vamos lá.

Sinopse: Um serial killer está a solta na cidade do Rio de Janeiro e matando somente mulheres obesas, com assassinatos cruéis e grotescos. Para resolver os crimes, um confuso detetive e um medroso ajudante irão ter que resolver o caso e defender as gordinhas do Rio no ano de 1930.

O escritor Jô Soares
Crítica: Gostei do aspecto em que o assassino é revelado logo nas primeiras páginas do romance. Até que durante a narrativa a sua psicologia é relativamente aprofundada e podemos imaginar o que se passa na mente do assassino com um nome que gostei muito: Caronte, o barqueiro do Reino dos Mortos. Os mocinhos, se assim pode-se dizer, deixaram um pouco a desejar. Não são detetives que nos prendem e não me  fez rir em muitas situações, que é uma das propostas do livro.
O trabalho de pesquisa é fantástico, como em todos os livros do Jô. O ambiente urbano de um Rio de Janeiro de 1930 é perfeitamente retratado. 
Agora, o enredo não me agradou. A forma como a história foi levada não me prendeu, sendo que ele poderia ter optado por algum outro estilo. Não sei, mas faltou alguma coisa para mim. Este não foi um daqueles livros que nos sentimos satisfeitos quando terminamos a leitura. Na minha opinião, o livro também não merecia estar a tanto tempo em uma lista de mais vendidos. Outros livros por aí merecem mais destaque e a literatura brasileira atual é mais do que o Jô nos proporciona. Vale a leitura, se não há nenhum outro livro em sua lista de leitura.

+ Abaixo, um vídeo do Jô lendo e falando um pouco sobre a sua obra 'As Esganadas'.


Nota: 7 / Skoob: 4 Estrelas

 

segunda-feira, 12 de março de 2012

Assassinatos na Academia Brasileira de Letras

Jô Soares
256 páginas

* Este post faz parte do Desafio Literário de março.

Este foi o último livro de Jô Soares que li. Comecei pelo 'Xangô', que me agradou bastante, provavelmente devido ao meu fascínio por Sherlock Holmes. Depois li 'O Homem Que Matou Getúlio Vargas', provavelmente o meu preferido de sua obra. Em seguida, foi lançado 'As Esganadas', comprado e dolorosamente autografado pelo autor. Por último, comprado num Sebo, li 'Assassinato na Academia Brasileira de Letras', que tem a sua crítica logo abaixo.

Sinopse: Durante o seu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, o senador e escritor Belizário Bezerra cai morto no chão. Logo após isso, outros imortais começam a mostrar que não são tão imortais assim. 'Os Crimes do Penacho', como são conhecidos os seguidos e parecidos crimes, despertam a curiosidade do detetive Machado Machado, que começa a investigá-los. Uma trama policial com jornalistas, religiosos, políticos e até homens de letras como suspeitos.

Alguns dos sucessos de Jô
Crítica: Gostei muito da forma como a trama é conduzida. Com algumas doses de humor durante a leitura e uma boa descrição dos ambientes, o livro te deixa preso em grande parte da sua leitura. Porém, confesso que em muitos momentos fiquei desanimado a continuar a leitura. Momentos de puro marasmo, em que não acontece simplesmente nada. O livro fica ali, descrevendo, descrevendo e descrevendo muitas coisas desnecessárias. Mas, depois que se vence esta parte super desanimadora, o livro engata um pouco e tem um final relativamente emocionante.
Mas, para mim, a pior coisa de tudo isso, foi a facilidade com que consegui descobrir o assassino. Na metade do livro, para mim, quem era o tal. Não sei se isso foi proposital, mas não gostei. Um autor, num livro policial, tem poucas opções. Um: mostrar o assassino logo no começo e mostrar com detalhes como acontecem os crimes. Dois: mostrar no meio, e demonstrar a dificuldade dos investigadores de descobrirem o criminoso. Três: no final, é claro. O problema, é que o Jô não fez nada disso. O assassino ficou claro em certo momento, mas nada mudou. Isso fez com que fosse meio difícil continuar a leitura, mas felizmente consegui, tendo em mãos um bom desfecho.
 
Nota: 6 / Skoob: 3 Estrelas

sábado, 10 de março de 2012

O Estrangulador

Sidney Sheldon
141 páginas

* Este post faz parte do Desafio Literário de Março.


Sou um grande fã de obras de Sidney Sheldon. Sempre com enredos bem estruturados e histórias bem amarradas. O problema, porém, é que Sidney Sheldon possui livros que desagradam por suas histórias sem graça. Este é um deles.

Sinopse: Em Londres, um misterioso assassino começa a matar mulheres apenas em noites que estaja chovendo. Por que? Quem é o misterioso assassino que mata conforme o clima? Isto será um caso para o detetive Sekio Tagaki.

Sidney Sheldon


Crítica: Li o livro em 45 minutos. Não porquê pulei páginas ou li displicentemente. Este é um livro que vai rápido, pois, além de suas poucas páginas e letras grandes, é uma história que flui velozmente. Não tem enrolação.
Porém, o livro me decpecionou. A história é muito fraca. O único personagem que possui certa psicologia é o assassino, que é revelado nas primeiras páginas, o que é um ponto positivo, pois parece deixar a história um pouco mais emocionante. O detetive não faz com que o leitor tenha o mínimo de envolvimento com suas buscas. As vítimas são sem graça e possuem todas a mesma inocência.
Mas não podemos exigir tanto do livro. Ele é infanto-juvenil, mais voltado mesmo para crinaças. Vendo nesse aspecto, pode-se notar que o livro é perfeito. Crianças gostariam deste estilo de leitura. Para elas, vale a pena.


Nota: 5 / Skoob: 2 Estrelas



sexta-feira, 9 de março de 2012

Eu, Alex Cross

Eu, Alex Cross

James Patterson
224 páginas

* Este post faz parte do Desafio Literário de Março.

Não sei o motivo, mas sempre tive um certo preconceito por esses autores novos de literatura policia, principalmente James Patterson e Harlan Coben. Até que certo dia, um grande amigo meu me disse que havia gostado muito dos livros de Coben, o que me fez ler alguns. Gostei muito. O passo seguinte seria ler alguma obra de Patterson. Então, atraído pela sinopse diferente do convencional, comprei o livro 'Eu, Alex Cross' e terminei com este meu bobo preconceito.

Sinopse: Certa noite, Alex Cross, o detetive mais famoso da safra de James Patterson, recebe a notícia de que sua sobrinha fora encontrada morta. Logo o detetive começa a investigar e descobre que ela estava envolvida com prostituição, e mais, não era a única vítima do ramo. Assim, Alex e sua namorada Brianna vão investigar e se envolver com criminosos da alta sociedade.

Alguns livros de James Patterson

Crítica: Após ler livros de Harlan Coben, James Patterson não me impressionou tanto. Apesar de possuir um enredo muito bem construído e estruturado, a psicologia de alguns personagens não fica clara. Outro ponto ruim, é que grande parte do mistério é revelado muito cedo. Faz com que desanimemos, apesar de todo o livro ter momentos de ação.
Um grande ponto positivo é que não é cansativo. Ao contrário da maioria dos policiais que sempre possuem um trecho de apresentação que é um marasmo chato e que tenta, com todas forças, fazer você desistir do livro, isso não acontece aqui. A história evolui rapidamente, sem deixar buracos. 
O final também causa um certo desapontamento. Primitivo, típico e incerto. Não faz jus ao renome de grande escritor policial que é e que realmente mostra ser em outros livros seus que li posteriormente.
Recomendo para quem quiser ler algum policial qualquer, mas não para quem quiser algum um pouco mais elaborado. Recomendo veementemente outros livros do autor. Recomendo esse para queles que quiserem ler algo para passar o tempo, sem ser um grande thriller. 

+ Abaixo, uma entrevista do autor falando sobre o livro, no programa Today Show.


Nota: 6 / Skoob: 3 Estrelas

quinta-feira, 8 de março de 2012

E Não Sobrou Nenhum...


Agatha Christie
397 páginas

* Este post faz parte do Desafio Literário de Março

Este livro é considerado um dos melhores trabalhos da escritora Agatha Christie, mestre da literatura policial, somente atrás do último livro da escritora, chamado 'Cai o Pano'. Comecei a ler este livro totalmente ansioso. Sabia que estava com uma ótima obra nas mãos, mas com medo que me decepcionasse. Mas isto não aconteceu e se tornou um dos meus livros favoritos.

Sinopse: Dez pessoas são convidadas a comparecer na misteriosa Ilha do Soldado. Logo no primeiro momento de convívio do grupo, uma misteriosa voz anucia crimes que cada um deles cometeu. A partir daí, mortes misteriosas começam a acontecer seguindo, macabramente, um poema. Mas, e agora? Qual dos dez é o assassino?

O nome original da obra, que foi acusado de racismo.

Crítica: O livro é envolvente. Logo nas primeiras páginas, o poema dos 'Dez Soldados' é revelado e é anunciado como cada um deles irá morrer, o que já nos deixa curiosos para ver a sequência de mortes. É claro que o começo é meio confuso. Apresentação de personagens normalmente é assim, mas isso logo é rompido. Quando estão indo para a ilha, já começamos a desconfiar quem é o assassino e que crimes irão ocorrer.
Quando as mortes iniciam, não há meios de se desgrudar do livro. Ele te prende e você fica sem saídas. Eu, por exemplo, comecei a lê-lo de madrugada, sendo que no dia seguinte tinha aula. Não parei. Terminei quando era para estar acordando. Mas não me arrependo. O final é sensacional. Diferente dos desfechos normais. Faço altas recomendações para você que quer ler um bom livro! 

*Curiosidade: Este livro de Agatha Christie já virou filme. Não sei se existem outras adaptações, mas a que assisti é uma de 1945. Tem um enredo parecido com o do livro, apenas com algumas pequenas modificãções. O elenco é muito bom e convence. Além disso, o filme é em preto e branco. o que dá um ar mais nostálgico. Vale a pena assistir. Abaixo, o trailer do filme.

Nota: 10 / Skoob: 5 estrelas


segunda-feira, 5 de março de 2012

Os Homens Que Não Amavam As Mulheres


Stieg Larsson
524 páginas

* Este post faz parte do Desafio Literário de Março.

Há anos vejo este livro nas prateleiras das livrarias e nunca me senti atraído por ele. Não sei por quê. Não sei se era a capa que não me atraía ou até mesmo o nome. Caí no velho problema de julgar um livro pela capa. Hoje, depois que li o livro, que comprei depois de ver o trailer do filme e finalmente ler a sinopse, não acredito que fiquei todo esse tempo sem lê-lo por isso. É fantástico. Me deliciei e reaprendi (se é que aprendi algum dia) que nunca mais irei julgar um livro pela capa. Nunca mais.

Sinopse: Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios.  Henrik, tio de Harriet, está convencido de que ela foi assassinada, e que um Vanger a matou. Quase quarenta anos depois, o industrial contrata o jornalista Mikael Blomkvist para conduzir uma investigação particular. Mikael, que acabara de ser condenado por difamação contra o financista Wennerström, preocupa-se com a crise de credibilidade que atinge sua revista, a Millennium. Henrik lhe oferece proteção se o jornalista consentir em investigar o assassinato de Harriet com o auxílio de Lisbeth Salander, que conta com uma mente infatigável para a busca de dados.



Crítica: O começo é típico de um livro policial. Exposição de fatos, tanto do assassinato da jovem Harriet, quanto da vida conturbada do jornalista Mikael e de sua futura parceira de investigações Lisbeth Salander. Essa é uma parte monótona mas essencial à qualquer livro deste gênero. O único problema do livro todo é que essa exposição se prolonga demasiadamente. Até metade do livro, mais ou menos, a velocidade que os fatos acontecem é desanimadora. Mas quando as coisas começam a acontecer, o livro fica sensacional, de perder o fôlego em diversas partes. O desfecho é impressionante e um tanto quanto sinistro. Toda a leitura vale à pena para um final como aquele.
Uma observação positiva também deve ser feita. O livro, não tem só como propósito entreter e divertir, mas de também passar uma boa reflexão quanto ao abuso e a violência cometida contra mulheres

Curiosidades: Dois filmes já foram produzidos com base neste livro. Um deles está nos cinemas atualmente, e é uma adaptação hollywoodiana. Não o assisti ainda mas já recebi boas crítica de quem leu o livro e viu o filme, o que é relativamente positivo.A segunda versão é uma produção sueca. Já saiu das salas de cinema há um bom tempo mas pode ser facilmente encontrada para alugar ou para download. Eu assisti e gostei muito. Apesar de algumas coisas que acontecem terem ficado de fora, o resultado final é muito bom. Vale a pena ver. Abaixo, o trailer da versão norte americana.


Nota: 8,5 / Skoob: 4 estrelas