quarta-feira, 30 de maio de 2012

Paris, 98!

Paris, 98
Mario Prata
108 páginas

* Esta resenha faz parte do Desafio Literário de Maio, retratando a Copa de 98.

Sou um fã incondicional de Mario Prata. Para mim, tudo que ele escreve é perfeito. Mescla, com maestria, o humor e qualquer outro gênero literário, seja o policial, o histórico, como é o caso deste, ou em suas costumeiras e divertidíssimas crônicas. Por isso já vou avisando: esta resenha não é imparcial. Houve, com certeza, uma certa tendência de avaliar o livro positivamente pela minha admiração por este escritor.

Sinopse: Paris, França, 98. Copa do Mundo. Gregório, um brasileiro de classe média baixa, ganha numa promoção a chance de assistir os jogos da Copa da França ao vivo e jura para a mulher que vai só para vender os ingressos - afinal, estão devendo mais de 10 mil reais para um agiota. Mas, na hora H, tudo muda: nosso anti-herói decide desistir de tudo e ainda arruma uma amante. Mario Prata esteve pessoalmente na copa do mundo e retrata o cenário deste acontecimento histórico no mundo do futebol, mesclando com as desventuras de um dos personagens mais desastrados da literatura brasileira.

Mario Prata
Resenha: O livro já começa bem. Gregório, o personagem principal, já mostra seus defeitos logo de cara. Quando inicia a excursão para a França, o livro embala de vez. Humor refinadíssimo que rende boas gargalhadas ao longo do livro. Fiquei durante minutos imaginando ele e a excursão rumo à capital francesa. Ele e todas as figuras descritas por Prata.
Mas o melhor de toda a leitura é quando o desventurado Gregório chega ao seu destino. Prata mescla com perfeição as decorrências desta copa, desastrosa para o Brasil e desastrosa para o personagem. 
Recomendo veementemente a leitura deste livro para quem quiser dar boas risadas e quiser passar o tempo livre com uma literatura brasileira atual e boa. É muito bom mesmo. 

Nota: 10 / Skoob: 5 Estrelas


Desde Que o Samba é Samba

Desde Que o Samba é Samba
Paulo Lins
336 páginas

* Esta resenha faz parte do Desafio Literário de Maio.

Sou sambista e qundo vi este livro fiquei desesperado para comprá-lo e ler a obra de Paulo Lins, autor do aclamado livro que virou filme posteriormente 'Cidade de Deus'. Quando li a sinopse então, que você pode ler logo abaixo, vi que era necessário adquirir mais esta obra da literatura brasileira.

Sinopse: Em seu estilo inconfundível, que tanto agradou aos fãs em 'Cidade de Deus', Paulo Lins resgata, agora, momentos da formação cultural brasileira, através do samba, da Umbanda e no modo de vida no Rio de 1928 a 1931. Para isso, o autor conta a história de diversos personagens da formação do primeiro Bloco de Carnaval, da escola de samba Deixa Falar.

Paulo Lins, autor de 'Cidade de Deus'

Resenha: O começo do livro até que agrada. É um início bem devagar, mas as fortes características dos personagens e, principalmente, do ambiente agrada. A pesquisa feita por Paulo Lins mostra ter sido muito extensa e com uma perfeição exemplar, devido aos traços bem delineados ao longo de toda a narrativa.
Porém, o livro não engata. Apesar de ter retratado cenas com Ismael Silva e Tia Ciata com uma genialidade característica do primeiro e único romance de Lins, o enredo não mostra ao que veio. Esperei muito que outros personagens sambistas reais aparecessem, mas isso não aconteceu. É perceptível que Lins teve a ideia de criar um belo romance baseado em fatos completamente reais
porém, a distância desta ideia ao produto final, o livro, é muito grande.
É, não deu certo. Decepcionou. Agora fica a dúvida: será que Paulo Lins deu sorte com 'Cidade de Deus' ou este livro que não foi bem escrito mesmo?
Só vai ser possível descobrir mesmo no próximo livro de Paulo Lins.

+ Abaixo, uma entrevista de Paulo Lins comentando este seu novo livro.


Nota: 5 / Skoob: 3 Estrelas

quinta-feira, 24 de maio de 2012

O Discurso do Rei

O Discurso do Rei
Mark Logue e Peter Conradi
279 páginas

* Esta resenha faz parte do Desafio Literário de Maio.

Gostei muito, muito mesmo do filme 'O Discurso do Rei' e quase pirei ao ver o livro deste maravilhoso filme na prateleira da livraria. Agora, se o livro é melhor ou tão bom quanto o filme, só lendo o livro ou a resenha aí embaixo pra saber.

Sinopse: Um quase desconhecido e autodidata terapeuta vocal Lionel Logue salvou a família real inglesa nas primeiras décadas do século XX. Logue não era um aristocrata britânico, nem mesmo inglês, mas foi quem, sozinho, levou o Duque de York, futuro rei George VI, nervoso e com problemas de fala, a se tornar um dos maiores reis da Grã-Bretanha. Livro baseado nos diários do avô de Mark Logue e que inspirou o premiado filme homônimo ao livro.

Os autores Mark Logue e Peter Conradi
Resenha: Logo no começo do livro é perceptível que não tem a mesma qualidade que o filme. Apesar de, normalmente ser o contrário, este livro foge da regra. Peca numa série de detalhes que são abordados no filme e deixam um gosto de 'quero mais', além de não ter Geoffrey Rush e Colin Firth encenando o que estou lendo, o que deixa as coisas um pouco menos emocionantes. 
A leitura é fácil e rápida. Apesar de ter quase 300 páginas, em um dia consegui concluir a leitura. Confesso que na metade quase desisti. Já sabia o final, por ter visto o filme, e era perceptível a diferença entre as duas modalidades de contar a história. Persisti e confesso que não me arrependo.
Terminei o livro e, apesar de tudo, me senti satisfeito. Foi como uma dose extra ao que vi nas telas do cinema. Recomendo veementemente o filme, para quem não assistiu. Mas como aqui é um blog de livros, também recomendo o livro. Vale a pena para saber mais um pouco sobre o Império Britânico e as dificuldades que passou ao longo dos séculos.

+ Abaixo, um trailer do filme 'O Discurso do Rei'.


Nota: 8 / Skoob: 4 Estrelas

quarta-feira, 23 de maio de 2012

1822

Laurentino Gomes
343 páginas

* Esta resenha faz parte do Desafio Literário de Maio.

Quando li 1808 fiquei super animado. Adoro livros que tratam do início do Brasil, e o jeito que Laurentino escreve me fascinou. Logo percebi que se tornaria uma obra de grande sucesso e que logo viriam mais livros neste mesmo estilo. E veio. E me fascinou de novo.

Sinopse: Um livro que desvenda os acontecimentos históricos com uma metodologia sem falhar e que se lê com um sorriso nos lábios. O livro '1822' pretende mostrar que país era este que a corte de Dom João VI deixava para trás para retornar a Lisboa, em 1821. Vai falar do Grito do Ipiranga, das enormes dificuldades  do Primeiro Reinado, da abdicação de D. Pedro I, em 1831, sua volta a Portugal para enfrentar o irmão, D. Miguel, que havia usurpado o trono, e a morte em 1834.

Laurentino Gomes
Resenha: Para mim, o que mais me fascinou, foi a perfeição que foram tratados os personagens na obra. Moro no bairro do Ipiranga, em São Paulo, desde que nasci. Todas as ruas aqui têm nomes de pessoas que  fizeram parte da Independência. Sendo assim, sempre quis saber mais da vida destes ilustres e quase anônimos luso-brasileiros, como Silva Bueno, Costa Aguiar, Lino Coutinho, Lord Cochrane, General Lecor, Almirante Lobo. E tinha um acesso de euforia a cada vez que um nome desses era citado no livro. O que deixou o livro, para mim, perfeito. Tratou a história do Brasil com muita seriedade e, ao mesmo tempo, mostrando todos os fatos bizarros do processo de Independência.
A leitura reservava uma porção de surpresas. A cada página virada, uma surpresa pipocava nas linhas desta maravilhosa obra, fazendo com que avançasse mais e mais no livro, querendo saber como seria seu final, mesmo já tendo conhecimentos através de livros de história comuns. 
Vale muito a pena ler. E espero, ansiosamente, o lançamento do terceiro e último volume desta série que mostra a história do Brasil de outra forma. Muito melhor, convenhamos.

+ O vídeo abaixo é do programa 'Sempre um Papo', em que Laurentino comenta a sua mais recente obra: 1822.


Nota: 10 / Skoob: 5 Estrelas

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Não És Tu, Brasil


Marcelo Rubens Paiva
312 páginas

*Este post faz parte do Desafio Literário de Maio.

Adoro todo e qualquer livro de Marcelo Rubens Paiva. Seja ele escrevendo romances, crônicas, poesias. Para mim, tudo o que ele escreve é bom. Quando um amigo meu me disse desse livro, não sabia que era do Paiva. Ele apenas falou que era um livro excelente e valia a pena ler. Quando, finalmente, ele me emprestou e li o nome de Paiva na capa, fiquei surpreso. Não conhecia este título e confesso que fiquei desesperado pra ler. E o resultado foi positivo, e mais um livro do Paiva entrou na minha lista de favoritos.

Sinopse: Fundindo elementos históricos à ficção, Paiva recria o cerco aos guerrilheiros da VPR -  Vanguarda Popular Revolucionária, organização comandada pleo ex-capitão Carlos Lamarca, no vale do Ribeira, em 1970. O episódio, conhecido como Guerrilha do Vale do Ribeira, impôs uma surpreendente derrota aos mais de 1500 homens das forças armadas que perseguiam cinco revolucionários.

Marcelo Rubens Paiva
Resenha: O livro, é claro, é muito bom. O enredo é fantástico. Cinco revolucionários, aparentemente mal preparados e em clara desvantagem contra mais de 1500 homens, vencem. Esta é a história de partida de 'Não És Tu, Brasil'. Paiva, a partir disso, constrói uma fantástica narrativa misturando elementos de sua fantástica imaginação. Os personagens são cativantes e em certa parte da obra, comecei a torcer muito por eles.
Além disso, o livro trata de uma passagem obscura da história e que é quase nunca contada. Afinal, alguém já ouviu falar desses cinco guerrilheiros derrotando, em plena Ditadura Militar, centenas de homens? Eu, pelo menos, nunca ouvi nada a respeito. 
Vale MUITO a pena ler este livro de Paiva. Não sei se é um pouco de exagero meu, pela minha admiração por ele, mas digo que o livro é muito bom mesmo. Para quem nunca leu um livro dele, a leitura pode ser um pouco confusa no começo mas depois se acostuma. Leia. E descubra um pouco mais da história deste país que ainda tem muita coisa a mostrar.

* Abaixo, uma interessantíssima entrevista com Marcelo Rubens Paiva, contando o Ponto de Virada em sua vida.


Nota: 10 / Skoob: 5 Estrelas


terça-feira, 15 de maio de 2012

Os Últimos Soldados da Guerra Fria

Os últimos soldados da Guerra Fria
Fernando Morais
408 páginas

* Este post faz parte do Desafio Literário de Maio.

Sou fã do estilo do Fernando Morais. Sempre com bases em fatos históricos e reais, Fernando Morais cria grandes romances transformando fatos passados em cenas reais nas mágicas páginas de seu livro, tal como 'Olga', que já foi resenhado aqui. Abaixo, a resenha de mais um livro de Fernando Morais.

Sinopse: No início da década de 1990, Cuba criou a Rede Vespa, um grupo de doze homens e duas mulheres, que se infiltrou nos EUA, com o objetivo de vigiar um dos 47 grupos anticastristas sediados no Flórida. O intuito desta ação era evitar ataques terroristas ao território cubano. 

Fernando Morais
Resenha: O livro é muito bom. Estou acostumado a ler aqueles livros de espionagem cheio de fatos equivocados e sem nenhuma base histórica e o livro do Fernando Morais rompe com este paradigma e escreve uma história totalmente diferente baseada em dados reais. Quando termina a leitura desta bela obra, fica a dúvida de se tratar de fatos que realmente aconteceram, pela exímia escrita do autor de 'Olga' e pelos curiosos fatos desta espionagem cubana descritos ao longo da narrativa. Porém, a contracapa tira toda e qualquer dúvida a esse respeito: 'Livro Baseado em Fatos Reais'.
A única coisa que me desagradou no livro foi a visão totalmente parcial do autor. Fernando Morais, além de escritor, é jornalista. Sendo assim, deveria tratar os fatos de forma mais imparcial. Ele é, declaradamente, esquerdista e isso afeta, e muito, a descrição de algumas passagens. Isso poderia ter sido m pouco diferente, podendo ter deixado a leitura mais agradável e podendo disponibilizar ao leitor a opção de escolher um lado desta batalha de espionagens.
Porém, Fernando Morais merece aplausos pela fantástica pesquisa que deve ter sido feita para chegar a este livro e pelo maestria na forma que conduziu o desenrolar dos acontecimentos.
Para quem quer saber um pouco mais do embate Cuba X EUA na Guerra Fria, é um livro recomendadíssimo. 

+ Abaixo, Fernando Morais comentando seu mais recente lançamento: 'Os Últimos Soldados da Guerra Fria'.                                                       


                                                              Nota: 8 / Skoob: 4 Estrelas


segunda-feira, 14 de maio de 2012

O Beijo da Morte

Carlos Heitor Cony e Anna Lee
280 páginas

* Este post faz parte do Desafio Literário de Maio.

Sou um grande fã do Cony. Gosto de tudo que ele escreve. E de uns tempos pra cá, finalmente percebi o estilo de escrita deste imortal escritor. Ele mistura tudo. Fatos históricos, acontecimentos da vida pessoal e muita, muita imaginação. Este livro, que me fascinou, é assim, como pode-se ler na crítica abaixo.

Sinopse: Jango, Carlos Lacerda e JK. Teriam sido assassinados por uma conspiração internacional? O Repórter, obcecado por este mistério e protagonista do livro, tenta desvendar a sucessão de acontecimentos na história e no livro.
Mistura de ficção e reportagem, 'O Beijo da Morte' e inspira em fatos reais para acompanhar a trajetória do  repórter na busca da solução deste mistério histórico.

Cony e Anna Lee
Resenha: É claro que a escrita toda do livro foi feita por Cony. É o típico estilo de escrita deste imortal da ABL. Anna Lee também deve ter tido um papel importante no livro, mas como repórter buscando informações sobre a morte de cada uma destas vítimas de possíveis conspirações.
As teses conspiratórias apresentadas pelo Repórter, personagem principal, são muito bem apresentadas e formuladas. Convencem muito quem está lendo. O fato de todas elas terem bases em notícias de jornal e depoimentos de pessoas que conviveram com estes três poderosos brasileiros deixa o livro mais convincente. 
Porém, um ou outro fato me desanimou um pouco na leitura e me desprendeu um pouco do livro. Mas em geral, o livro prendeu em grande parte da leitura e me deixou ansioso para terminar a leitura e ver como Cony e Anna iriam fazer o desfecho desta obra prima. Vale muito a pena ler este vencedor do Prêmio Jabuti de 2004.

Nota: 9 / Skoob: 5 Estrelas


quinta-feira, 3 de maio de 2012

O Homem Que Venceu Auschwitz

O Homem que Venceu Auschwitz
Denis Avey e Rob Broomby
272 páginas

* Este post faz parte do Desafio Literário de Maio.

Tenho uma certa mania de ler livros relacionados à 2ª Guerra Mundial. Gosto muito mesmo. Quando vi este livro na livraria, fiquei desesperado pra ler. Pensar em alguém que venceu um sistema de morte em série era inconcebível até a leitura deste ótimo livro.

Sinopse: O livro conta a extraordinária história real de um soldado britânico que se infiltrou em um campo de concentração de Auschwitz. No verão de 1944, Denis Avey trabalhava próximo de um campo de concentração. Já tinha ouvido falar da brutalidade no tratamento dos prisioneiros de lá e estava determinado a testemunhar o que podia.

Denis Avey, o soldado que se infiltrou.
Resenha: O livro é incrível. O livro consegue passar com perfeição todo o sofrimento de Denis Avey mas, principalmente, representa todo o sofrimento dos prisioneiros de Adolf Hitler e que contavam os segundos para serem mortos. O mais legal, para quem vai ler, é se imaginar na situação. Imaginar que é o prisioneiro judeu, mas imaginar, principalmente, ser Denis na aventura de se infiltrar no lugar mais indesejável de todo o mundo.
Só não avalio com a nota máxima, pois senti uma falta de diálogos. Acho que isto poderia ter deixado o livro mais perto ainda da realidade.

+ Para quem sabe falar inglês, o vídeo abaixo é interessantíssimo. Uma entrevista com Denis.


Nota: 9 / Skoob: 5 Estrelas

Quinze Dias Em Setembro

Quinze dias em Setembro
Ryoki Inoue
480 páginas

* Este livro faz parte do Desafio Literário de Maio.

Quando comprei este livro, confesso que achava que o escritor não era brasileiro. Pelo nome ser um tanto diferente e pelo assunto, que é frequentemente tratado pelos norte-americanos. Me surpreendi quando descobri que o escritor é brasileiro, e fiquei feliz pelo resultado final, que você confere abaixo.

Sinopse: O que pode acontecer em quinze dias? Em geral, muito pouco. Mas, e se o mês for setembro do ano de 2001? Aí sua vida - ou melhor - toda a história, pode ficar marcada para sempre. Fefê é um playboy paulistano. Donovan e Steinberg são investigadores do FBI. Amina é médica. Samira sonha em ser modelo. Matthew e Nathalie são jornalistas. Hafez, Mohamed e Ibrahim são religiosos extremistas. O que todos têm em comum? Suas vidas se encontram por causa de um único evento: o atentado terrorista às torres gêmeas do World Trade Center.

Ryoki Inoue
Resenha: Não gostei do início do livro. Nele, fatos que só ocorreriam depois de muitas páginas, já foram postos em suas dez primeiras folhas. Perdeu uma certa emoção que poderia vir bem depois. Porém, logo depois deste prefácio estraga prazeres, o livro mostra que tem um ritmo emocionante. Personagens com psicologias definidas, logo se percebe quais irão ser os papéis de cada um no ataque terrorista. Por outro lado, nenhum deles me cativou.
Algumas outras coisas também me desagradaram. Primeiro: todos os personagens são lindos e maravilhosos, sendo que todas as mulheres, principalmente, são tratadas como obras esculturais. Poderia ser diferente. Outra coisa, foi o grande número de diálogos pobres e sem graça em momentos inoportunos. 
Porém, mesmo com todos os contras, o livro mostra-se ser muito bom. Tem uma história bem relacionada com o atentado e o final foi bom o suficiente para terminar a leitura e querer ler mais um livro deste escritor brasileiro.

+ Ryoki Inoue é um recordista. Tem quase 1100 livros publicados! Esta no Guiness Book como o escritor mais produtivo do mundo. Abaixo, um vídeo que mostra uma entrevista com Ryoki na Bienal do Livro em 2011.


Nota: 6 / Skoob: 3 Estrelas


quarta-feira, 2 de maio de 2012

O Cemitério de Praga

Umberto Eco
480 páginas

* Este post faz parte do Desafio Literário de Maio.

Gosto muito mesmo de Umberto Eco. 'O Nome da Rosa', seu maior sucesso, me fascinou e fez com que virasse um grande fã deste escritor. Mas nem sempre os escritores escrevem ótimos livros, mesmo que seja um Umberto Eco. O 'Cemitério de Praga' me decepcionou, como você vê abaixo.

Sinopse: Durante o século XIX, encontramos uma satanista histérica, um abade que morre duas vezes, alguns cadáveres em um esgoto parisiense, um garibaldino que se chamava Ippolito Nievo, desaparecido no mar, o aumento gradual da falsificação conhecida como 'Os Protocolos dos Sábios de Sião', jesuítas que tramam contra maçons e muitas outras inserções históricas que fazem desta trama mais uma grande obra de Umberto Eco.

Umberto Eco

Crítica: É perceptível que Umberto realizou ma intensa pesquisa histórica para poder retratar com sua costumeira perfeição, as pessoas e os ambientes da época em que se passam a história. O mais interessante do livro, com certeza, são os fatos históricos por onde a história passa. A origem do mito do 'Protocolo dos Sábios de Sião', Revolução Italiana e as Revoluções que transformaram a Europa são alguns dos fatos vividos por Simonini, o que deixa o livro como uma boa introdução nestes assuntos para quem, obviamente, nunca se aprofundou.
O que me deixou um pouco desanimado foi a falta descrição em alguns pontos e que mereciam uma atenção maior. Mas, o que mais me incomodou, foi o excesso de informações. Ao contrário de 'O Nome da Rosa', que tinha uma história central, 'O Cemitério de Praga' é uma miscelânea de fatos, sobrepostos uns aos outros através do personagem principal. Poderia ter sido feito de outra forma.

+ Abaixo, o trailer do filme 'O Nome da Rosa', baseado no romance de Umberto Eco.


Nota: 6 / Skoob: 3 Estrelas